segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Neuromancer (e Johnny Mnemonic)


Hoje chegou, finalmente, minha cópia de Neuromancer, de William Gibson.

Já fazem alguns anos que meu desejo de ler este livro me instigava por obras cyberpunks. A idéia de um mundo composto de fios, microchips e cibórgues; o futuro distorcido; máquina e homem - numa alusão criada na minha mente pelo Kraftwerk; é simplesmente fantástica para mim.

Ainda não li o livro inteiro, claro. Tinha colocado meus olhos no romance de Gibson quando baixei, mas todos sabem que não há graça alguma em ler um livro numa tela de computador. Eu acredito que é muito mais divertido poder levar aquela coisa física pra qualquer lugar, seja no ônibus, num parque, ou seja lá onde você costume frequentar.Nessa minha ânsia de cyberpunk, me deparei com um filme que basicamente preparou Keanu Reeves para Matrix. Johnny Mnemonic, também de Gibson, é o primeiro conto que Molly, uma das personagens centrais de Neuromancer, aparece. Há no site Project Cyberpunk, em inglês, o conto inteiro para ler.

Em uma das minha viagens à cidade natal de minha noiva, dando uma olhada na videolocadora local, me deparo com o filme. Como já tinha ouvido falar, decidi alugar e assistir. Algumas coisas são tão atuais que assustam - apesar de datados. Exemplo é o espaço na cabeça de Johnny - só 80 gigabytes, com um adaptador dobrava o tamanho.

O filme tem bastante ação, mas pra quem não gosta do estilo vai acabar achando tedioso. Keanu Reeves prova que realmente é um ator meia boca, pois a atuação é idêntica de Matrix. Mas a história é ótima e me prendeu minha atenção, especialmente pelas imagens traduzidas do papel para a tela. O próprio Gibson foi o roteirista, portanto é extremamente fiel à visão do autor.
Mudando de história, mas não de estilo, existe uma séria que durou pouco, mas que marcou bastante chamada Max Headroom.

O seriado retrata um mundo caótico, com toda a premissa de um bom romance cyberpunk: hi-tech, low life (alta tecnologia, qualidade de vida baixa). Tudo gira em torno de Edison Carter, jornalista, e sua luta contra a corrupção que assola a cidade. Quando ele descobre que a rede de comunicação em que trabalha faz experiências com propaganda, faz questão de trazer o caso a público, mas sofre um "acidente". Disso, o "vilão" da série chamado Bryce Linch, um cientista prodígio, pega as memórias de Edison e cria uma inteligência artificial para tomar seu lugar. Só que no começo a unica coisa que consegue dizer é Max Headroom, a ultima coisa que Edison viu antes de seu acidente.

Daí acontecem outros fatos, mas já me prolonguei o suficiente. A série é muito boa, durou apenas 2 temporadas, mas foi no mínimo importante para a popularização do cyberpunk, pelo menos na televisão americana.

Enquanto não termino de ler Neuromancer, recomendo assistir Johnny Mnemonic e tentar encontrar Max Headroom.

Fiquem com o trailer de Johnny Mnemonic e o comercial falido de Max Headroom para a New Coke.